2 de julho de 2016

LIMITES NA VIDA FAMILIAR

 





- Taís Luso de Carvalho               

                  

Hoje, ao sair do meu edifício, encontrei com uma vizinha do bairro. Vizinha de anos. Mas estranhei o jeito dela – ficou assustada quando me viu. Foi quando me disse que tinha tido um AVC há um mês. Foi difícil de acreditar. Antes era uma pessoa muito ativa, esfogueteada e adorava comandar, abraçava todas as causas familiares e pegava para si muitos problemas. E agora, já um tanto frágil. Mas na luta.

Perguntei se sabia a razão da coisa… Disse que se encontrava num enorme estresse causado por muitas discussões, e o emocional despirocou. Muita carga sobre seus ombros. Eu desconfiei disso, quando lhe fiz a pergunta.

Não há coisa mais estressante do que brigas familiares; família pega direto no emocional e anarquiza tudo, desestrutura, justamente por acreditarmos que a família é sempre  um núcleo de amor. Mas é inviável carregar um peso maior do que aquele que suportamos levar.

É comum a mãe achar que os filhos não cresceram e que sua presença é sempre muito necessária. Os filhos casam, mas a mãe continua a aconselhar, mesmo que cause atritos. É difícil esse desapego. Discute e atrapalha a formação do novo clã. Uma vez mãezona, mãezona até morrer.

Além da mulher abraçar os problemas familiares, ainda carrega os problemas do trabalho, do condomínio, se atraca com o síndico, desconfia dos empregados e principalmente abraça a educação dos netos. E comanda, pelo telefone, qualquer mal-estar dos filhos. Santíssima Virgem! Então eu lhe disse:

Amiga, largue tudo, deixe que cada um cuide de si, vá cuidar de você! Você teve um aviso, percebe? Você abraça todos os problemas, se bate, discute, se gasta… e ainda leva umas xingadas por se intrometer. Assim você não vai longe!

Fiquei com pena de ver seu rosto assustado, contando o diagnóstico do médico. Possivelmente não fará mais intromissões, mas continuará percebendo todos os problemas e estressando-se. Reverter a situação requer grande esforço e conscientização dos fatos. E ao ver essas coisas tento tirar uma lição para minha vida e rever o peso que posso carregar.

Algumas pessoas metabolizam seu estresse de diversas formas. E certas coisas vão se deteriorando. Isso serve para todos os relacionamentos.

Contei essa história em tom leve, mas isso não quer dizer que a coisa não seja séria. Aliás, o assunto é muito sério, e o que eu gostaria é de levar a vida bem mais leve, quase tão leve como uma folha levada pelo vento.





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36 comentários:

  1. Puxa, quanta verdade aqui,Tais!

    É mesmo bem assim e nas famílias, se quisermos resolver toooooooooooooodos os problemas, acabamos por criar outros piores. Se cairmos durinhas ,tudo bem.

    Pior é se ficarmos com sequelas, dependentes dos outros e aí sendo um fardo pesado pra família!

    Saber os nossos limites vale a pena.

    Por vezes nãos os respeitamos, mas pagamos o preço, com certeza.

    Adorei! Lindo domingo sem estresse! bjs, chica

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  2. Taís, por acaso publiquei hoje este soneto-acróstico que, com alguma liberdade poética, talvez se aplique á narração que você fez. Parabéns por mais essa excelente crônica

    À prudência

    É assim, os dois pés colocados no chão
    Sem essa desses desafios ditos radicais
    E foi assim pois que se faz a perpetuação
    Meio que só feijão com arroz e nada mais.

    A história da humanidade repleta de ação
    Diz que pusilanimidade de nossos iguais
    Redimiu o que não encaravam algum leão
    Eles sobreviviam e tornavam-se bons pais.

    Nada deveras impele o homem ao perigo
    A ele cabe preservar aquela saudável vida
    Longe de feras, abismos e fogo, lhe digo.

    Insista em perpetuar-se. ó minha querida
    Não despreze a prudência tipo, nem ligo!
    Apenas siga com cuidado não seja suicida.

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  3. É uma pura ilusão... desejar e controlar-se as circunstâncias... e moldar a realidade, e os outros... é tarefa impossível...
    Sua vizinha teve um pequeno aviso... às vezes será o suficiente, para as pessoas pensarem duas vezes, e mudarem seu estilo de vida... se sobreviverem a tais avisos... Ela sobreviveu... teve outra chance... cabe-lhe só a ela, saber aproveitar...
    Você disse-lhe o que era certo, Tais!... Alertou-a!... Cumpriu a sua parte...
    Beijos! Bom domingo para vocês!
    Ana

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  4. Amiga Tais, pois é, lendo aqui vi que é mesmo assim, as pessoas se estressam muito com problemas familiares, pois muitos se esquecem que filhos crescem e precisam viver as vidas deles né mesmo?
    Acho que é a cultura da mulher brasileira, viver para a família e sofrer por ela sempre!
    Amo minha família, é bem do jeito do meu jeito, eles se entendem e eu me entendo e tudo está sempre muito bem, sem intromissão, filhos crescem e escolhem as vidas deles e têm de saberem assumir!
    Sou como você, escolhi carregar "o peso de um lápis", e é assim que é e tem de ser!
    Amei ler aqui, muito bom sempre, pois trocamos ideias!
    Abraços apertados!

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  5. Sou da teoria de "cada um no seu quadrado e que seja muito feliz"! Minha aposentadoria é integral: - do trabalho, da família, e dos que se dizem amigos... Não me intrometo de forma alguma. Ao contrário sou procurada como se fosse "um grande ouvido" para diversas lamuriações... Se não consigo descartar, ouço e deleto logo. Coloco sempre as decisões a quem está envolvido e deixo claro que meu limite, minha casa, é sem dúvida alguma, meu retiro físico e espiritual. É uma atitude que leva a sermos sós, mas antes só do que mal acompanhada, rodeada por sanguessugas de plantão. Seletiva é minha opção.
    Abraço.

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  6. É uma grande ilusão achar que temos uma varinha de condão para resolver todos os problemas. Vamos nos intrometendo, agregando problemas que não são nossos, muitas vezes criamos mal estar com nossos aconselhamentos e o pior e mais grave trazemos para o nosso emocional uma carga maior do que ele é capaz de suportar. Temos que aprender a viver a nossa vida e deixar que cada um cuide de si e de seus problemas. Quanto menos estresse melhor será a nossa qualidade de vida. Procuro respeitar o meu limite e tento me envolver em problemas alheios o mínimo possível
    Um ótimo domingo para você
    Doce beijo

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  7. Oi, querida Tais Luso, boa noite !
    Que situação, amiga...
    Não se pode virar as costas para os problemas
    familiares. Entretanto, não se deve ir além
    de um bom conselho, quando não se pode ajudar.
    É uma questão, também, de disciplina.
    Um carinhoso abraço e um feliz domingo.
    Sinval.

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  8. Querida amiga: Com toda certeza e experiências passadas concordo com você, para evitar o stress o melhor jeito de se viver é deixar viver, não dar os tais conselhos, a não ser que peçam, mesmo assim com ressalvas sigam se quiserem, é muito difícil ficar neutra em certas situações, mas é um exercício diário que devemos fazer.No momento não tenho nora,já até tive, não tenho genro nem netos, ainda estou em paz familiar nesta que formei com meu marido, porque as de origem já me saturaram em épocas atrás, agora não mais. Muito bom seu texto mostra um problema universal, pois afinal todos têm família grande ou pequena e todas num momento ou outro geram conflitos.
    beijinhos
    Léah

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  9. Há pessoas que não cuidam se e só se sentem bem quando está resolvendo problemas ade outros, desde os filhos até amigos. Isso está ligado ao amor próprio e, muitas vezes, a missão familiar que enreda e que pode estar além dos limites pessoais. Uma ótima crônica. Gostei de conhecer seu espaço.

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    1. Olá, também gostei de sua visita. Porém não consigo ir ao seu blog, apresenta erro do servidor. Ou talvez algo na URL.
      Abraço pra você. Grato!

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  10. Há personalidades fortes que infernizam a sua vida, a da família e a de
    com quem convivem e até arranjam enredos e intrigas no seio famiiar,,,
    Chamo-lhes os ''grandes generais'' e é lamentável, mas nunca desistem.
    O stresse faz elevar a tensão arterial o que origina o AVC.

    Porém, há outras pessoas que se calam e sofrem silenciosamente com a
    desilusão dos ideais que tinham estabelecido para os filhos. Estes
    desgostos predispõem a que se alimentem mal, não pratiquem minimamente
    exercício físico, condições que favorecem o aparecimento de cancro.
    Muito interessante o relato deste episódio que acaba por ser um texto
    de ajuda psicológica.

    Dias de inverno amenos e aconchegantes.
    Abraço.
    ~~~

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  11. Taís, é mesmo uma verdade , mas e aí, filhos crescem, e as vezes . outros tomam seu lugar , acho que a mulher é uma eterna cuidadora!
    sempre perfeita em suas colocações,
    forte abraço elisa

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  12. Dominar las estrés no es nada fácil y es una lucha continua en nuestra vida ya que todo no sale a nuestro gusto con lo cual hay que intentar siempre que todos los problemas no nos afecten en nuestra salud.
    Espero que le vaya mejor a tu vecino.
    Un abrazo.

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  13. Texto maravilhoso para refletir. A vida é precisa ser entendida para vivermos de acordo... Uma bela semana

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  14. mais uma vez a Tais, na leveza inteligente de suas crónicas, apresenta um tema muito pertinente - a emancipação feminina.

    as "matriarcas" da família, assumem dores do seu pequeno mundo.

    boa continuação.

    abraço

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  15. Gostei muito da história que contou, Tais. Tem razão quando fala que muitas mães nunca se desligam dos filhos. Quase sempre tentando protegê-los...
    Um beijo.

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  16. Realmente, cara Tais, o estresse, é um bandido. Que Deus proteja nos proteja deste mal.
    Um abração. Tenhas uma linda semana.

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  17. Tais,a nossa preocupação com os filhos é tanta que não percebemos o estresse tomando conta do nosso corpo e quando menos esperamos,com certeza podemos sofrer um AVC.O melhor é não ter essa preocupação,mas quem diz que a mãe não se preocupa e deixa tudo para lá,não digo intrometer-se na vida familiar,mas se vê um filho doente,ela jamais o abandonará e aí poderá cair em profunda depressão ou estresse,sendo um convite ao AVC.
    Lindo texto.
    Bjs e obrigada pela visita e comentário.
    Carmen Lúcia.

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  18. Minha querida Tais, já faz algum tempo que leio com prazer e delícia estas tuas crônicas, e encontrei um tom sério e perigoso, porque real em nossas vidas, no^início pensei num Tais falando sério, e é sério, e logo pensei em algumas conversas que tenho com minha mãe, agora na calmaria, uma delas e dizer a ela, deixa eles cuidarem dos filhos deles, são pais, devem saber o que fazer e não tu, dai ela faz aquela carinha, então digo, agora eu que quero me preocupar contigo, mas preciso que tu estejas bem, pensando em ti, enfim...mas no caso desta tua vizinha, do diagnóstico, não pude evitar evitar uma risada, não como deboche, porque foi engraçado mesmo, o que não tirou o tom sério desta conversa, digo, deste post. Sempre tocante e surpreendente teus escritos, fico feliz por chegar até eles, tenho amigos que pensam e me ajudam a refletir, tenho aqui.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  19. Olá, Taís...bom dia, muito bela crônica e a realidade de muitos/as...is mui vero...atualmente, - maioria das- a mulher é filha, mãe, esposa, dona de casa, profissional ,com tantos compromissos e funções que se não saber reconhecer os próprios limites correrá sempre "o perigo" de ter sua saúde comprometida, ... "algumas pessoas metabolizam seu estresse de diversas formas", (estresse)que pode ser motivado por diversos motivos distintos e dessa forma, se algumas fontes são inevitáveis , certas coisas são evitáveis, com algumas mudanças simples e a nossa preocupação com os filhos/os limites na vida/família não se deve ir muito além,é preciso saber dosar, para não desequilibrar a própria saúde ...todos ( a mulher , assim como os homens) possuem limites que devem ser respeitados, para que possam viver de maneira menos angustiada e mais equilibrada.
    Obrigado pelo carinho,feliz semana,belos dias,beijos!

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  20. Oi Taís!
    Que verdadeiro amiga.
    As mães não se desligam mesmo...
    Mas acho que não podemos ficar interferindo, pois agora a vida é deles.
    A não ser quando pedem conselhos ou alguma ajuda.
    Temos sim é que rezar pedindo as bençãos de Deus para eles!
    Adorei amiga.
    Beijos,
    Mariangela

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  21. Que crônica bela, profunda e com uma mensagem tão sábia sobre
    os limites na vida familiar:
    "É inviável carregar um peso maior do que aquele
    que suportamos levar"
    Concordo contigo, querida amiga, e, no mesmo lema:
    "Na verdade, penso em carregar o peso equivalente
    ao de um lápis..."
    Adoro ler-te!!
    Beijos.

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  22. Taisinha,
    Sobre essa vizinha, que tu falas na crônica, conversamos muito, nós dois, sobre o AVC que ela poderia ter, pois vimos alguns casos semelhantes ao dela, no nosso bairro. Pessoa como ela, que se preocupa com tudo o que está ao seu redor, que quer dirigir seu casal de filhos, ambos adultos, casados e com filhos, como se fossem seus dependentes, como se morassem na mesma casa. E o que achávamos que ia acontecer aconteceu: ela teve um “acidente vascular cerebral”.
    O melhor mesmo é cuidarmos de nossas vidas, sem interferir nas vidas de nossos filhos, de nossos pais, de nossos irmãos. E, mais ainda: se colocarmos cautela nas relações familiares, amanhã não seremos chamados de intrometidos, conselheiros importunos etc.
    E quem disse que é fácil lidar com familiares?
    Beijinho daqui do escritório.

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  23. Gostei muito desta sua "crónica/reflexão", querida amiga.
    Estou consigo quando diz que não quer ser canonizada depois de morta.
    Tenho 9 netos, 7 dos quais criei até aos dois anos e meio/três anos - até irem para o infantário. Com os dois mais novos, (6 anos mais novos do que a anterior) gémeos, já não o pude fazer, porque entretanto "ganhei" problemas de coluna...
    Hoje, todos os meus netos me adoram; contudo, tanto eles como os pais, sabem que podem contar sempre comigo, mas nunca para interferir em suas vidas - apenas aconselhar quando o solicitam.
    Não podemos carregar o mundo às costas. Ajudar o mais possível é louvável e meritório. Arrebanhar todos os problemas, fazer deles uma luta constante e acabar por nem ter vida própria... só pode ter o resultado desse sua vizinha - AVC's ou coisa pior... para além de infernizarmos a vida de quem nos rodeia.
    Para além de tudo o mais... não temos esse direito! Eu acho...

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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  24. Taí Taís, que belo conselho ou bela advertência, com um texto leve, mais leve que o lápis da sua crônica, revelando um figurino mais que necessário, porém nunca usado. E ainda traz um aperitivo: é que deixa uma pulga atrás da orelha dos "pais" que vivem se estressando. Barba de molho não faz a ninguém.
    Forte abraço,

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  25. Minha amiga gostei de ler este magnifico texto e é uma verdade que o stress leva-nos a algumas doenças e por vezes bem graves, isto tudo por nos envolvermos e darmos demasiada importância a coisas que mais tarde vemos que não são assim tão importantes.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.
    Andarilhar

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  26. Claro que é um assunto sério.....mas as culpas são dos dois lados....
    Mas como li algures.....'a família só é bonita, em' ........
    Mas vou retirar o só.....
    Boas férias....
    Beijo

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    1. Oi, Andrade, mas não se esqueça que o título é uma 'pergunta', tem a interrogação '?'. Não é afirmação.
      Beijo, boa continuação da semana!

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  27. Querida Taís,
    Li com bastante esta sua crónica, pois afinal quem não é tocado de alguma forma por estas situações.
    Aprendi com a vida ( e também depois de a saúde me pregar uma partida ) a descomplicar, a pensar mais em mim, a respeitar a decisão dos outros, mesmo quando não concordo com elas.
    Mas não é fácil!
    Tem sempre alguém na família que complica e que não compreende a nossa decisão.
    Afinal a vida é só uma não é verdade ?

    Um beijinho

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    1. Querida Fê, é muito difícil! Porém, as coisas tendem a descomplicarem mais quando não nos metemos, quando não damos palpite na vida dos outros, mesmo aos mais 'achegados'. Nunca vi alguém gostar de intromissões... É na família que temos de ter mais cautela, é nela que os 'embates' são mais violentos e que minam o emocional. É difícil? É, mas tentar fará bem às duas partes.
      Beijinho.

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  28. Querida Tais, sua crônica é um excelente alerta a todos nós. Eu gostei da parte em que você fala que seu peso será apenas, de um lápis.Estávamos falando sobre isso,no final de semana, pois morreram muitos amigos devido ao AVC.Serviu direitinho para mim, pois meu marido sempre me chama a atenção, pois diz que quero mudar o mundo sozinha, e isso já me trouxe vários problemas emocionais. É difícil mudar a maneira de viver, quando já estamos acostumados a viver na corda bamba, o pior é que sabemos dos riscos que corremos, porém vale -nos a reflexão.Há uns meses, eu cai, e bati a cabeça na parede, e agora estou com descolamento do vítreo do olho direito com hemorragia, a qual já cessou, graças a Deus. Preciso ficar por pouco tempo na frente da telinha, por isso, vou aos poucos escrevendo e visitando meus amigos. Grande beijo , querida Tais!

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    1. É por tudo isso que também estou me policiando, querida Marli. Vemos e temos consciência das coisas mas mudar requer esforço, e uma vontade de cão! Não iremos mudar o mundo, não! Isso não muda nada, é fantasia. Penso duas vezes para ver se devo e se valerá a pena...
      Também vi muitos 'AVC', inclusive na família, e pelo mesmo motivo: emocional, incomodação. Não irei me arriscar, não.
      Desejo a você total recuperação de saúde, cuide de você, amiga.
      Beijos, querida.

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  29. Impossível viver sem stress, Tais, só se tiver morto ou doido. Você já acorda e está se estressado, quando não sonha antes, tem algum pesadelo. Ao longo do dia, então... É a hora de trabalhar, a condução lotada, uma cobrança indevida, um grosso qualquer na rua, o preço do feijão... Só quem não se estressa é índio, que vive ou vivia nuzão na mata. Queria comer pegava uma fruta no pé, caçava. Vivia longe de fome e fadigas ao som das aves tagarelas, cantando e dançando o dia todo, nem necessidade de dinheiro, nem se preocupar com ladrões a defender sua propriedade, levantar muros e cercas eletrificadas. O estresse e a depressão são males do século, tipicamente urbanos. Beijos!

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  30. Querida Tais.
    Sua postagem está excelente como sempre, mostrando uma grande verdade e realidade. Amei também a frase do Pedro- E quem disse que é fácil lidar com familiares? E isso mesmo, lidar com a família nem sempre é fácil, pelo contrario muitas vezes muito dificil. A minha irma sempre vivia a vida da filha como se pertence-se a ela, se intrometia, as duas brigavam muito, não querendo me meter, fazia apenas olhar as crianças para a minha sobrinha poder trabalhar. Resultado essa minha irma agora está no hospital sem se movimentar, sem saber se um dia voltará a andar. Eu procuro fazer a minha parte e ajudo da melhor maneira possível, mas acho que as pessoas deveriam viver mais e se intrometer menos na vida dos outros sejam filhos ou qualquer parente, eles esquecem de viver a propria vida. Olho para a vida da minha irmã e percebo que nós últimos anos ela poderia ter percorrido o mundo, ter sido feliz, e por optar por querer que a filha ficasse sobre as suas assas, perdeu a oportunidade de ser feliz. Agora eu não faço ideia de como sera a vida dela. Não farei como meus familiares que segue a vida deles, a deixando no hospital como se ela não existisse, não consigo, mas depois da alta dela ajudarei de acordo com as minhas limitações que a minha doença causa, para que eu propria não perca a minha qualidade de vida, cruel falar assim, ,mas a vida é assim, e não é falta de amor, mas é amor maior a minha filha, a minha vida, a minha irmã que depende de mim para viver. Que muitas pessoas tenham a oportunidade de ler essa postagem e saber do seu limite e não carregar para si situações maiores que possam carregar. Fazer o bem é sempre importante, mas sem arriscar a sua propria vida. Feliz noite para vocês. Beijos.

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  31. Muito bem Taís, temos a receita e pouco usamos nesta vida.
    Desapegar já é uma das formas de se livrar de muitos dos problemas, que vão se acumulando até a gota d'água.Não é fácil este desprendimento dos problemas que assolam os nossos e assim os nosso problemas vem com fúria de um leão e nos derrubam com o nome de stress, é a fadiga da suportabilidade. Li ontem num blog de uma psicoterapeuta de familia um texto sobre sofrimentos e de como gerencia-los ao longo da vida, no reconhecimento dele e controle.O mundo atual é um convite ao stress que é considerado o mal do século.
    Perfeita suas observações e que saibamos nos moldar e cuidar contra a besta fera.

    Gostei muito.
    Abraços amiga.

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  32. Boa noite, querida Taís!
    Gostei muito e os próprios filhos nos direcionam a não nos intrometermos demasiado... é só prrcebermos...
    Bjm muito fraterno

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís