4 de agosto de 2016

SOBRE O DESAPEGO...



- Taís Luso
Nas minhas andanças pelos canais fechados de televisão, assisti  um programa americano cujo assunto era desapego. É um alívio para o espírito quando conseguimos deixar certos entulhos pelo caminho. Muito tumulto pela estrada tira um pouco do brilho da viajem. Não que esse tipo de apego não exista há milhares de anos, mas quanto mais espiritualizadas somos, mais buscamos a paz  e menos a matéria. O bom é afastar tudo que traga dissabor à vida. É difícil essa triagem. Empregamos horas de leituras e de conversas sobre os nossos verdadeiros valores.  Passamos trabalho para acertarmos o passo.
Mil coisas obsoletas numa casa  e outras que se tornaram muito cansativas com o tempo. Os problemas vão se engatando, como círculos. E toda essa luta pelo desapego, essa tranqueira demasiada que vira vício no dia a dia, levou muitas americanas à procurarem ajuda nos centros especializados de apoio psicológico. 
Um dos maridos, desse episódio, passou mal ao separar-se do seu papagaio de infância, um bicho de madeira, quebrado, sem tinta e que nunca foi arrumado, coitado. Há anos estava  no sótão, jogado num canto. E depois de anos de abandono, tocou o coração do homem. O que houve? 
Contudo fiquei pensando no que nos move para esse apego, uma vez que em várias situações recebemos presentes que não gostamos, comprados às pressas porque a regra social pede que se leve algo à anfitriã. E tudo vira uma montanha inútil na vida da gente, transbordando as gavetas e armários, sótão etc.
Mesmo sabendo do trabalho que me espera , não deixa de ser divertido certas mudanças na vida. Adoro Decoração de Interiores, mas ando em busca de simplificar a vida e manter nossa casa aconchegante sim, mas mais prática. Não me motiva mais uma casa cheia de objetos, sejam eles antigos ou contemporâneos. Se a ideia já está na mente, é porque já foi aceita. Resta pô-la em prática, já que os filhos têm suas casas e  um dia pensarão no assunto, também.
Às vezes é difícil descartarmos os guardados, pois muita coisa entra no campo das emoções: da infância e adolescência. E trabalhar emoções não é fácil. Recordar Freud às vezes dói.
Essa triagem pode doer e no começo gerar culpa. Porém a vida mudou, mudamos de idade, mudamos de cabeça,  mudaram os estilos. Mudamos de gosto e de necessidades.
A vida tem inúmeras curvas, mas quando se entra na longa reta dos 'entas' as coisas mudam de perfil. O caminho é longo e a palavra de ordem é decidir .
 Há muito que me pergunto: por que guardar tantas coisas; por que guardar tanto, tanto? Se eu não for imparcial, não sai desapego nenhum. Se alguém for o tipo de criatura que guarda porque um dia precisará... tudo fica  impossível. O esforço é sobre-humano, pois o nosso inconsciente está de plantão nessas horas. E atrapalha sempre. O supérfluo encanta no começo, depois torra a paciência.
Há duas grandes dificuldades nesse foco: gente que guarda tranqueiras porque não consegue se desfazer do que é seu; e gente que não consegue se desgrudar do seu passado.  Uma das coisas mais difíceis na vida é  Decidir!  Mas um dia  a gente aprende.

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30 comentários:

  1. Te entendo muito bem,Taís! Não sou apegada . tenho algumas coisinhas que guardo,o resto fica no coração. Mas sou assim pois cresci numa casa em que eram coleções de burrinhos, de canequinhos alemães, disso, daquilo.AH! Cestos de todos tamanhos e sapatos.Era um horror minha mãe. Hoje, lá numa clínica há 6 anos, é estimulada por uma das minhas irmãs a acumular coisas e coisas. Ganho quase um treco ,só de ver! Mas elas não sabem desapegar de nada! Triste, uma está com 90 e a outra com 60. Quando desapegarão? beijos,tudo de bom,chica

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  2. Oi, querida Amiga, Taís Luso !
    Que tema mais controverso, este que abordas.
    É uma guerra, principalmente quando se pretende
    descartar coisas guardadas por outras pessoas.
    Felizmente, superei esta dificuldade.
    Não havendo mais serventia, para mim, jogo no
    lixo, faço doação para quem precisa, etc.
    Livro-me do pesadelo. Conheço pessoas que
    guardam, até, lâmpada queimada...
    Um fraterno abraço de boa noite, e parabéns
    pelo texto.
    Sinval.

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  3. Boa noite, querida Taís!
    O que não consigo, os filhos o fazem por mim...
    Deus não me quer apegada a nada... sinto isso nitidamente e nem à pessoa alguma (o que é muito mais difícl de desapegar)...
    Texto excelente!
    Bjm muito fraterno

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  4. Ola Taís.
    Um bom fim de semana para voces
    O desapego é um grande problema nesta longa jornada, como bem fala na sua cronica. Vez em quando eu faço bota-fora de coisas e busco limpar da memória o que já nada me agrega.
    Meu terno abraço amiga.
    Bjs de paz.

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  5. Anônimo06:43

    O sentimento de posse é algo de muito complicado...

    :)

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  6. Este texto parece que foi escrito para mim, para me obrigar a pensar...guardo tudo e não consigo deitar nada fora. Tenho imensas recordações, de amigos, da família, dos sobrinhos...os livros acumulam-se, porque compro imensos mas sou incapaz de me desfazer de um único! Às vezes aborreço-me comigo mesma, por ser assim, mas a verdade é que...tirando o chato que é limpar o pó, sou feliz assim, com todas as minhas coisas...livros, velharias (que vou comprando de vez em quando) e montes de objectos inúteis e sem valor, mas de que continuo a gostar. Não conseguiria viver numa casa minimalista.

    Gostei muito do texto, como sempre:)
    Bom fim-de-semana:)

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    1. Olá, Isabel, 3 coisas que não me desapego: livros, Arte e CDs. O resto vai...aliás, está indo a mil!! Roupas foram as primeiras a serem doadas.
      Beijinho, querida.

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    2. O Verão passado também fiz uma escolha de roupas, pois tinha (e ainda tenho alguma) roupa com mais de vinte anos. Sempre fui muito magrinha e tudo me continuava a servir, mas nos últimos três anos engordei 15 quilos, precisei comprar roupa e já não tinha espaço nos roupeiros. Dei e deitei fora tanta coisa, que eu nem tinha a noção de como tinha tanta coisa. Este ano já dei outra volta. Agora vou tentar nunca mais acumular tanta coisa. Mas para o meu feitio, é difícil...

      Beijinhos:)

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  7. Acróstico

    Decidir é apenas o primeiro passo
    Em direção à liberdade esperada
    Sem pensar, o que é que eu faço
    Agora, pra me livrar da cacalhada?
    Preciso portanto quebrar os laços
    E, jogar fora isso tudo que é nada
    Ganho auto estima e mais espaço
    O que no apego será uma tijolada.

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  8. Oi Tais!
    Texto incrível, e muito bom para refletirmos!
    Eu costumo fazer doações de várias coisas, mas tenho dificuldades
    Em me desfazer das lembrancinhas!
    Um ótimo fim de semana!!
    Beijos,
    Mariangela
    Mas uma vez ou outra

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  9. Me gusta mucho conservar cosas pero también me gusta hacer orden y deshacerme de ellas cuando me doy cuenta que no son objetos sentimentales y que uno no los usa. El viajar hay que hacerlo ligero, pues siempre te das cuenta que la mayoría de las cosas que te llevas no las has usado.
    Un abrazo.

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  10. boa tarde Taís, é mesmo assim ainda a dias estava pensando que ando meia desligada com ter e ter coisas e achei até que estava meia tristinha com a vida , mas acredito que a vida a idade que nos ensinam a ser mais calmas e gostar mais de coisa relacionadas a Deus mesmo e ando assim sabe mas disciplinada com horários e dias de minhas orações , missa etc e ando mas completa e lendo sua postagem que sempre tão bem escrita acredito ainda mais nisto que te falei,
    um forte abraço obrigada sempre por suas postagens . elisa

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  11. Tais,
    admirável talento o seu de ir fundo, "parecendo" leve.
    e assim sua arte de cronista se realiza em pleno.

    "Quem quer pouco, tem tudo" julgo ser a síntese certa, expressa pela citação do poeta R. dos Reis.

    abraço

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  12. Amiga Taís: Parabéns por sua crônica sempre ótima, esta incentiva as pessoas a tomarem coragem e decidirem se livrar do entulho, que por si só já é uma atitude saudável, jogar o velho fora ou doar, só não se pode jogar o marido ou a mulher, mesmo que estejam velhinhos, esses são muito proveitosos e amados, kkkkk...
    Não sigo uma religião determinada, minhas crenças se dividem entre o espiritualismo e a fé nos santos do catolicismo, e é através de uma igreja católica vizinha do meu condomínio que faço minhas doações, não considero caridade de minha parte é mais egoísmo, isso sim, pois são coisas que já não me interessam mais, é só para aliviar meus armários e minha casa de entulhos e abrir espaço para o novo ou para o vácuo, rsrs...No último Natal ganhei um leitor digital de presente e por conta disso os livros já lidos, também estou doando, os clássicos são os únicos na estante, quero mudar para uma casa menor e estou dando um jeito por antecedência.
    beijihos, Léah

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  13. Também ando nessa difícil, por vezes, penosa tarefa.
    Há recordações dos filhos que são impossíveis de descartar.
    Desejo-lhe uma excelente purificação do seu ambiente...
    A quantidade de coisas que se acumulam!
    ~~~ Abraço ~~~

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  14. Um texto, com o qual me identifico, Tais!
    Também eu já começo a ver os benefícios desse desapego... simplificar... está na ordem do dia...
    Um beijinho grande! Vou fazer uma pausa, por estes dias... mas conto voltar aos blogs, lá pelo final do mês...
    Tudo de bom! E até breve!
    Ana

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  15. OI TAIS!
    PENSANDO SOBRE TEU POST, ME DOU CONTA QUE, APÓS A ENTRADA NOS "ENTA", O DESAPEGO FICA MUITO MAIS FÁCIL. ESTOU NESSA TAMBÉM, TENTANDO DEIXAR A NOSSA CASA, AGORA SÓ EU E MEU MARIDO, O MAIS PRÁTICA POSSÍVEL, E ISSO ME DEIXA BEM FELIZ.
    ADOREI TE LER.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  16. Tais
    Há pessoas, tal como eu, que colecionam de tudo, por experiência própria sei disso. Por experiência própria, sei como é possível nos desfazer de tudo. Exemplo: basta sofrer um grande AVC, como eu, em anos me tenho desfeito de tudo. Porém estou a entregar o meu "espólio" a um grande historiador de Portugal. Entretanto vendi coisas como o meu primeiro Bilhete de identidade, os da guerra etc. Apenas estou a ficar com os troféus (alguns do Brasil) e bastantes jornais e revistas, onde escrevi. Também o grosso, da minha biblioteca pessoal. A casa ficou mais arejada.
    Veja e comente o post
    “São Luis – Ocupação Holandesa”
    http://amornaguerra.blogspot.pt/
    BRASIL: SORRISO DE DEUS.

    Abraço

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  17. É difícil desapegar, mas é absolutamente necessário ! Tirando o mofo dos ambientes, a gente tira também o mofo da alma... Beijos minha lindona

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  18. O desapego é tantas vezes difícil... Porque, como diz neste magnífico texto "trabalhar emoções não é fácil"... O melhor é não nos pegarmos muito às coisas materiais... Mas falar é uma coisa e agir é outra...
    Beijos.

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  19. Muito bom dia querida Tais..
    um tema sem dúvida muito importante..
    todos temos algo de que não queremos nos desfazer..
    as vezes muita energia fica presa.. e precisamos soltar isso para a vida fluir.
    eu tenho algo srs que tvz ng acredite..
    tenho um tênis da adidas.. meu xodó.. comprei no ano 2000
    16 aninhos srs
    devia ter comprado 3 pares aquela vez.. baita tênis.. surrado, mas muito inteiro ainda.. aquele já me rodou srs
    acho que vai completar uns 20 anos comigo srs bjs e feliz dia

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  20. É muito difícil falarmos sobre o desapego,pois na vida há sempre algo que não desejamos nos desapegar,talvez até por ciúmes ou vontade mesmo de querer ficar agarrados ao que já está descartável,mas no fundo desejamos quem sabe tê-lo como recordação.
    Muitas vezes eu tenho esse defeito,costumo me apegar principalmente por lembranças de meus pais,guardo coisas que não havia necessidade de ainda ficarem guardadas.
    Mas...todos nós sentimos muito nos soltar desses desapegos.
    Belo texto Taís!
    Bjs,obrigada pela visita e uma ótima semana.
    Carmen Lúcia.

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  21. Excelente texto em forma de opinião que nos permite refletir sobre muita coisa!
    Gostei imenso!
    Abraço

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  22. Decidir......!!Mas como.....???Se o vício é não estar parado....,
    vão-se fazendo umas peças uns azulejos, umas telas.....e o sótão
    fica sem espaço....Vai-se renovando a decoração....,mas também cansa,
    o sobe e desce constante....Então que fazer....?Precisamente....
    Continuar a fazer....mostrando que estamos vivos.
    Não há volta a dar....
    Boas férias Taís....
    Beijo

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  23. Certíssima, você Taís e o Camões que já dizia "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...". Claro que foi a propósito de outras questões existenciais, mas se aplica perfeitamente com o devido recorte.
    Beijo,

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  24. Taisinha,
    Não vou esconder dos nossos amigos que sou muito apegado às minhas coisas materiais. Felizmente, tu nunca pedes que me desfaça de algumas coisas que guardo, como, por exemplo, de um rádio de pilha e à luz, de cor vermelha, que comprei quando montei o meu primeiro escritório de advocacia, e com ele me distaria esperando que chegasse algum cliente. Muitos clientes vieram depois, muitos deles não mais precisaram de mim, mas o radio ainda está comigo, e, como tu sabes, não funciona mais, o que não importa. E os aparelhos de som que ainda guardo, o bilboquê de nó de pinho, que comprei em Gramado há duas décadas, os CDs, DVDs, e livros, dos quais não me desfaço, estão tudo comigo. E isso me dá grande prazer, como tu sabes. Cada louco com sua mania. Gostei muito de tua crônica.
    Beijinho, daqui do escritório.

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    1. rssss, assim acabas com minha crônica!
      É, realmente não peço esse desapego, tudo tem seu momento, inclusive de espera. Mas falo naquelas coisas irrelevantes que se acumulam ao longo do tempo e que atravancam. Mas já notei que estás gostando da minha faxina...
      Ri muito das tuas recordações enquanto lia, têm muitas! Bem que livros, filmes e CDs, nem pensar, ficam toda a vida!
      Beijinho, daqui do lado, querido.

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  25. A veces llevamos tanto acumulado que se convierte en un lastre que no nos deja avanzar. Vivir anclados en el pasado te impide disfrutar el presente, que es, lo único que existe. Desprenderse de cosas materiales es más fácil, y es un paso para levar anclas y continuar el camino.
    Abrazos

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  26. Tais, sou totalmente desapegada. As minhas gavetas, armários têm que ter espaço livre. De tudo tenho só o qb; me aflige ter demais. Roupas, dou-as sempre que estou um ano sem as usar. A cada estação faço uma escolha e fico só com o que uso. Presentes que me tenham dado e que estavam guardados também os dou, em geral para a loja social. Costumo dizer que guardo esses presentes no coração. Para teres uma ideia, até o vestido que usei no casamento do meu filho ( há dez anos) já doei. Tenho as fotos para me recordar dele. Eu e a minha filha somos assim, mas o marido e filho são o oposto; é difícil convence-los a desfazerem-se das coisas; guardam tudo. Na minha casa não há tranqueiras, só o que na realidade preciso; sempre fui assim e para ficar bem preciso que haja sempre prateleiras vazias ou pelo menos, que não estejam atoladas. Nunca me arrependi do que dei, pois procuro sempre que essas coisas por mim descartadas sejam úteis a alguém. Não sei se isso é bom ou não, mas para mim tenho a certeza que sim. Também não sei se tem alguma coia a ver com espiritualidade; no meu caso penso que não; não sou muito ligada nessas coisas, mas sou uma pessoa muito ligada às pessoas e para mim é mais importante um telefonema, um jantarzinho com bons amigos do que propriamente o presente. Ao contrário da maioria das mulheres, não compro muito e quando ando em viagem não consigo fazer compras; acabei agora de chegar de uma às capitais nordicas e limitei-me a trazer umas lembrancinhas para os netos. Como se costuma dizer, amiga, cada um é como é e há que aceitar. Beijinhos e parabéns pelo tema; sei que há pessoas que precisam de tratamento, pois nem do lixo conseguem desapegar-se. Tenho visto programas sobre isso que me fazem arrepiar. Tudo de bom, Tais.
    Emilia

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  27. Boa noite Tais.
    Acho que temos que desapegar, para que a energia possa fluir até melhorar. Mas nós e que devemos fazer aquela faxina no tempo nosso e da nossa maneira. Eu nem sei se sou apegada as minhas coisas ou não mais. Pois a minha filha quando observou a minha dificuldade de desapegar pediu reforços rsrs. Chamou a minha sobrinha e eu fiquei incrédula ao velas empacotado tantas coisas que parecia mais uma mudanca. Nem lhe conto como eu me sentir rsrs. No final a minha sobrinha foi embora é eu esperei a minha filha ir para o quarto e sair abrindo caixa por caixa e retirando o que eu queria. Chega a minha filha e eu já estava preparada para lhe dizer o que eu acho de outras pessoas agirem assim rsrs. Mas ela entrou e me disse simplesmente que ajuda? Foi nesse momento que sentir que estava mesmo na hora de desapegar e terminei que deixei até as coisas que tinha retirado Agora a casa está muito mais fácil de limpar e arrumar. Já está até na hora de uma nova faxina de doar coisas não mais usadas. Enfim sabemos que devemos simplificar e não acumular, mas é muito difícil largar essa mania rsrs. Como sempre uma Bela crónica. Um feliz restinho de semana para vocês. Beijos.

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís