27 de junho de 2015

O FIM DA FOTOGRAFIA ?



      -  por Tais Luso de Carvalho

Meus álbuns poderão fazer parte de museus. Hoje é um cerimonial folhar um álbum, ver fotos da juventude, formaturas, casamentos da família, festas... Mas a luta é inglória, o pessoal só quer saber de fotos clicadas pelo Smartphone; dos últimos acontecimentos sociais em Selfie. Nunca vi tanto autorretrato. Tantas caras e bocas. 

Minha geração (longe de ser do período paleolítico) ainda teve o privilégio de tirar fotografia. De manusear uma máquina profissional. De tentar fazer Arte fotográfica. Ao ler uma entrevista na revista ISTOÉ, com o genial mineiro Sebastião Salgado, me bateu a nostalgia de um adeus. Cedo ou tarde teremos a despedida - segundo ele. A fotografia está no seu final. Ele fala em fotografia profissional que passa por uma técnica própria, por processo especial de impressão, edição, um manuseio especial em laboratório. E uma técnica aprimorada. Tive o prazer de entrar num estúdio de revelação e ver o processo, a elaboração de uma fotografia.

Em seu último trabalho, o fotógrafo coloca o planeta à nossa disposição; os lugares mais fascinantes da Terra, difícil de chegar, difícil de fotografar, emocionante de ver. Oito anos de trabalho intenso para compor a obra Genesis.

'Descobri que 46% do planeta ainda está como no dia da gênese' - relatou Salgado.

Interagiu ao longo de 40 anos com culturas fantásticas, registrando pessoas, fauna, flora e contribuindo para preservação do planeta. Pelo menos tentando. Seus  trabalhos são, também, sobre as tribos indígenas brasileiras – grupos antigos, remotos e intocados pela civilização - ainda. Mas, pra não dizer que só falei de flores e não coloquei uma pimentinha no texto, pergunto se algo bem contemporâneo não ficará registrado nos Anais da História da Fotografia dita imagemfalo do horroroso, deselegante e cafona "pau de selfie". É uma invenção sui generis. Até em casamento já foi usado, e pelo padre! Não há dúvida que ficou exótico. 

Porém, está com seu uso proibido em vários parques temáticos dos Estados Unidos, da França e Hong Kong, o que alegam representar um perigo para a segurança de seus visitantes e empregados. Essa medida se estende, também,  a vários  museus. O que é óbvio.

Li um artigo (14/6/2015 ZH),  escrito por um especialista em ciência de computação, o qual percebe-se a despreocupação das pessoas a respeito do seu resguardo.  Não há dúvidas que  não se dão conta do grande risco que correm com a exposição de tantas fotos nas redes sociais. Pela facilidade de uma selfie, o ato se torna inconsequente. E como já virou uma paranoia, ninguém pesa as consequências. Mas pode virar um incômodo tamanho família. A vaidade humana não tem limites, está por demais escrachada.

Também já existem, nos Estados Unidos, estudos com jovens que se encontram doentes e insatisfeitos porque a tal selfie não lhes agrada nunca! E tais fotinhos precisam ser aprovadas nas redes sociais Esses estudos mostram que pessoas entre 16 e 25 anos dedicam 16 minutos e sete tentativas, em média, para fazer o selfie perfeito.  É um dilema que virou obsessão.  Enfim, os tempos são outros.
Mas a arte, a criação e a emoção são coisas diferentes. Ficarão para sempre como relato da história da humanidade.


Protesto na Praça da Paz Celestial
Um jovem durante o protesto na Praça da Paz Celestial, na China, que fez parar uma fileira de tanques de guerra. A identidade do jovem é desconhecida até hoje. Caso fosse hoje daria uma ótima selfie, a criatura em frente aos tanques, mas seu rosto em primeiro plano. Em 2000, o mesmo jovem  foi eleito pela revista Time uma das pessoas mais influentes do século XX.


Solidariedade
A foto revela um gesto de solidariedade de um missionário em Uganda - 1980. 
A foto ficou registrada como a melhor foto daquele ano, sem que o fotógrafo soubesse...


A menina e o abutre
Essa foto emocionou o mundo, pois retrata a calamidade da fome na África, causada pela guerra civil. A tomada da foto foi feita em uma aldeia no Sudão (1993) e mostra um abutre observando uma criança desnutrida que aparentava esperar a morte e viraria alimento da ave. A foto rendeu ao fotógrafo o Prêmio Pulitzer. Contudo foi muito criticado por não ter ajudado a criança. Pressionado pelo sentimento de culpa, Carter  suicidou-se em 1994, aos 33 anos. 





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27 comentários:

  1. Tais, que bela postagem! Sou apaixonada por fotografia, embora nada conheça sobre as técnicas que a envolvem. Ainda tenho álbuns antigos e olhar as fotos me faz relembrar preciosos momentos. Algumas nos fazem rir, pois mostram estilos de vestir e penteados que caíram em desuso.. Muitas vezes passo um tempão namorando os trabalhos dos profissionais da área. Essa última imagem que mostrou constitui um registro que nos causa tristeza e não sabia que o fotógrafo se suicidara. Ele nada poderia fazer para solucionar a situação, eis que essa não era a única criança nesse sofrível estado. Sebastião Salgado merece aplausos e fico feliz por ter seu trabalho reconhecido.
    Quanto ao "estilo" moderno, nada a dizer senão lamentável. A necessidade de se mostrar bem, nas redes sociais, tem criado traumas para muitos adolescentes, sem contar os riscos da exposição. Bjs.

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  2. Anônimo03:32

    Impactantes fotografías, muy buen trabajo profesional, excelente aporte al mundo fotográfico y de la humanidad...cruda realidad.....el hambre y la guerra...en contraste con la existencia de tribus aún no intervenidas por el mundo y guardan sus culturas, muchas de ellas chocante para nuestro mundo que creemos más "civilizado".....
    Muy buen post.
    Fuerte abrazo

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  3. Os velhos álbuns estão nas nossas gavetas... Incrível..Aqui em casa tenho álbuns com fotos em papel e cheguei até o neto 5. O neto 6 e agora a netinha 7, só tenho fotos digitais. Uma pena! Os que tenho, serão cada um do seu dono e os nossos, certamente serão divididos entre os filhos que os quiserem...
    Quanto aos paus de selfie, nunca suportei, sempre me pareceu uma cafonice!rs...

    E as fotos que mostraste, lindas... Quanto à Sebastião Salgado? Só podemos aplaudir e admirar! Lindo domingo e semana! bjs, chica

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  4. Fotos que afligem, as duas últimas.
    Sempre gostei muito de fotografia e tenho também muitos álbuns com fotos anteriores à era digital, com muitas fotos dos meus sobrinhos e da família.
    Nas reuniões de família vamos muitas vezes buscar alguns desses álbuns e os meus sobrinhos gostam de ver (e de ouvir as histórias que lhes estão ligadas) e até já digitalizaram muitas das fotos que eu tenho e que eles não têm. Fico contente que valorizem essas fotos.

    Mas não há dúvida que a fotografia como a conhecemos, desses álbuns, a preto e branco, saídas de forma natural, sem arranjos, reveladas de forma artesanal...está condenada!

    Um bom domingo:)

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  5. Tais,
    A propósito de fotos, há algum tempo cometi o texto abaixo que ilustra bem o pode dar imagens:

    IMAGENS

    Nunca na história da humanidade a divulgação de imagens foi tão intensa, contundente e espetacular como no século vinte e no atual. É provável que o homem primitivo tenha dependido do olfato e da audição mais do que de outros sentidos para sobreviver num Planeta hostil cheio de emboscadas mortais e sem luz artificial. Mas nós, ao contrário, vivemos a era da visão, até porque nunca houve tanta produção de imagens e tanta facilidade para divulgá-las. Somos agentes, vítimas e beneficiários dessa profusão de comunicação visual. Nossa geração tornou-se pictórica.
    Jornais e revistas no início do século passado mostraram a um público desacostumado, as primeiras fotos impactantes da guerra mundial. Na segunda grande guerra surgiram as espetaculares tomadas fotográficas e de cinema quase em tempo real. Quando do desembarque dos aliados na Normandia, fotógrafos e cinegrafistas faziam parte das primeiras levas a pisarem na areia das praias francesas. Já antes, fotos dos fronts e de cidades arrasadas por bombardeios haviam se tornado comuns nos jornais. O ataque japonês a Pearl Harbor produziu cenas fantásticas que foram veiculadas em todo o Planeta, imagens tão fortes e marcantes como seriam as de Hiroxima e Nagazaqui arrasadas pelas bombas atômicas.
    Com o término da guerra e início dos arreganhos entre as duas potências nucleares, nossos meios de comunicação ficavam cada vez mais saturados de fotos de bombas “A” e “H” explodindo no atol de Biquíni, estepes russas e ilhas da Oceania. A URSS e os USA se compraziam em veicular na mídia seus potenciais nucleares e, nós simples mortais, nos borrávamos todos e nos encolhíamos debaixo da cama, transpirando e pedindo um pouco de juízo às autoridades daqueles países. Com a chegada da televisão aos lares já era possível assistir quase ao vivo lançamentos de foguetes no Cabo Canaveral e até Neil Armstrong deixando impressões de suas botas na poeira de nosso satélite, bem como a face da Terra já podia ser vista a partir da Lua. A guerra do Vietnam foi o primeiro conflito armado praticamente acontecido sob os olhares das câmeras, o medo e o horror de soldados e civis era captado pelos profissionais da imprensa no exato instante que aconteciam. O desfecho dessa desastrada intervenção americana se deve, em parte, às cenas passadas nas televisões. Mais de 50 mil soldados dos EUA foram mortos e as mães americanas não se conformavam em ver seus filhos sendo despedaçados por minas vietnamitas, numa guerra sem objetivos claros e justificáveis.

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  6. Continuando

    Vieram as fases de vôos shuttles americanos e pudemos ver a nave Challenger explodindo depois do lançamento e sua irmã Columbia desintegrando-se ao entrar na atmosfera após ter perdido parte da proteção antitérmica logo após a decolagem. Nossas retinas são como telas de cinema por onde a paisagem aparente está sempre mudando e trazendo acontecimentos inauditos e cruciais que, em maior ou menor grau, costumam marcar uma época ou causar viradas tecnológicas ou históricas na marcha da civilização.
    Em 1962, o sociólogo canadense Marshall McLuhan (1911-1980), numa sacada futurística, antecipou que os meios eletrônicos levariam a humanidade a uma identidade coletiva com base tribal: “A aldeia global”. Até então, a cultura visual dominante teria sido fragmentária, ninguém no planeta poderia abarcar com um olhar apenas, o que acontecia além fronteiras, ou mesmo na cidade vizinha. Com o advento de tecnologia eletrônica, o Planeta tornou-se pequeno, passou a ser o jardim de nossa casa, o que acontece “ali” no Afeganistão tomamos conhecimento de imediato, vemos as cenas cruas, sem editoração, no instante que elas ocorrem. Nas ciências, os microscópios eletrônicos colheram detalhes mínimos de insetos e microorganismos como vírus e bactérias e até adentraram o íntimo das células, enquanto o telescópio Hubble não só olha os confins do Universo, como nos fornece imagens de colossais embates entre estrelas e até entre galáxias, numa mostra inimaginável alguns anos atrás.
    Paralelo ao imediatismo da comunicação por meio de satélites geoestacionários e tecnologia de celulares e câmeras digitais de baixo custo e grande eficácia, a civilização pós guerra fria, aliviada do temor de hecatombe nuclear, se viu frente a novas ameaças. Os radicalismos de estados e grupos religiosos juraram de morte o povo e o governo americanos, bem como seus aliados da banda ocidental do Planeta. O resultado dessa conjugação político-tecno-religiosa foram as imagens mais espetaculares e chocantes de todos os tempos: A destruição das torres gêmeas do WTC em Nova Iorque. A plasticidade das aeronaves chocando-se com os prédios e os desabamentos na sequência chocaram, não só pelo inusitado, mas, mais pela “beleza” do quadro. Nossos olhos já tinham se arregalado de espanto e surpresa frente às cenas de explosões de bombas e naves espaciais; ficamos extáticos vendo vulcões, terremotos e furacões ocorridos em várias partes do mundo. Porém, nada, absolutamente nada, se compara à dinâmica da destruição das torres. Trata-se de imagens sequer igualadas, muito menos superadas pelas mais imaginosas e custosas cenas de filmes catástrofes de Hollywood, e, de longe, superam até as inauditas e terríveis cenas filmadas e fotografadas do tsunami que assolou parte da Ásia em 26 de dezembro de 2004. JAIR, Floripa, 04/09/10.

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    1. Ótimo relato, uma perfeita aula da história da fotografia jornalística, Jair, e acho da maior importância essa evolução da fotografia até as fotos digitais, em que se relata hoje o imprevisto, o imediatismo que tanto nos surpreende e que em segundos podem estar espalhadas na aldeia global como relato e continuação de nossa história num clicar imediato, uma revolução que nos mostrou o episódio das Torres Gêmeas e tantos outros antes e depois em acontecimentos importantíssimos. Obrigadíssima pela sua ótima participação.
      Abraços!

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  7. Tais, falar de fotografia, tive por amigos grandes fotógrafos de arte, que entrei em várias câmaras escuras que, profissionalmente, critiquei vários trabalhos, que possuo um interessante acervo de fotos, a preto da Guerra Colonial (não havia, a cores). Sou atingido por uma certa nostalgia. No entanto, já pus de parte as minhas duas máquinas fotográficas, que me auxiliaram nos meus trabalhos jornalísticos e já aderi as novas técnicas. Contraditoriamente, vou pondo a nostalgia de parte, e pensando assim: é muito interessante, já ter passado, as várias metamorfoses da vida!
    abraços

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  8. La buena fotografía se sabe apreciar, hoy en día todas las cámaras sacan buenas fotos, pero no siempre se consigue un buen resultado como es una buena foto.
    Un abrazo.

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  9. Eu fui um grande amante do papel fotográfico......Tinha o meu estúdio e ganhei
    muita pratica, com os meus serões pela noite (madrugada) dentro...Mas como
    tudo,....deixei-me agarrar pelo progresso dos telemóveis e hoje sou também um
    acérrimo praticante......Outros tempos.....temos que acompanhar....
    O seu Post está lindo.....
    Abraço

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  10. TU PLANTEAMIENTO ES MUY REFLEXIVO. GRACIAS POR COMPARTIR.
    ABRAZOS

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  11. Muito boa sua cronica amiga o que lhe faz estar atenta ao cotidiano e assim uma bela cronista.
    Nada como viajar nos velhos álbuns de família que o tempo amarelou e jogou num armário.Em recente visita aos familiares e casa de mãe em Minas pude rever algumas velhas fotos e confesso que digitalizei algumas até por medo de com o tempo elas serem perdidas.Faz tempo que acompanho a arte de Sebastião Salgado e sou maravilhado com suas fotos e a exposição do social. Assim como ele o Pierre Verger em Salvador(conhece ?) que tinha uma arte bem semelhante, hoje explorada em estampas de camisetas vestidos saídas de praia e vários álbuns.
    Pois bem Taís seremos saudosistas desta bela arte.
    Que bom lhe ler.
    Uma linda semana para voce.
    Meu carinhoso abraço
    Beijo.
    Sobre Verger Taís no link abaixo.
    http://www.pierreverger.org/br/

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  12. Olá Taís,

    Conheço estes fatos e fotos que rodaram o mundo. Não sabia, porém, que o autor da última foto havia se suicidado.
    Semana passada vi um filme que abordava a vida de uma fotógrafa profissional, que rodava o mundo para registrar fotos assim, que pudessem provocar mudanças importantes nos fatos que redundaram nas fotos. Inclusive, ela quase morreu quando registrava os passos de uma 'mulher bomba", pois a bomba explodiu por acontecimentos inesperados. Um trabalho extraordinário.
    Também acho ridículo o pau de selfie. Outro fato desastroso é a inconsequente postagem de fotos na rede sem qualquer critério. A vaidade ofusca o senso crítico e os perigos desta conduta, quando não exercida com cautela e equilíbrio.
    Infelizmente, é bem possível que a foto profissional seja substituída por outros critérios advindos da moderna tecnologia. Tenho muitos álbuns antigos e adoro folheá-los. Chamo de momentos de nostalgia-rsrs.

    Excelente crônica.

    Feliz semana.

    Beijo. (O blog ficou ótimo com o novo estilo).

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  13. Bom dia querida Tais.
    ainda guardo meus albuns da minha doce infancia..
    a mãe aquela época se ralou pra compra a maquininha a filme e sofreu quando não tinha mais filmes pra vender pra ela rsrs
    quando começou as digitais se foi né..
    eu acho legal as recordações.. fotos dos avós, bisavos..
    lá sim era foto.. que luxo.. familias grandes e fotos que nem se vê hj em dia..
    sobre as minhas fotos.. e de muitos..
    não sei pra que bater foto da gente na banheira ou pelado rsrs
    que fim né rsrs
    perversão em familia desde a tenra infancia rsrs
    outra coisa que falava dias atrás com uma amiga até..
    que as nossas fotos principalmente as de hj em dia..
    não devemos ficar expondo nosso ser..
    muito nos é jogado de ruim através de uma foto..
    e tem gente que enche facebook e outras coisas..
    não sabem o mal que fazem a si mesmas..
    tem pessoas que fecham a foto..
    ou seja.. benzem.. fazem alguma proteção.. pq inveja ou outras coisas vem assim sobre nós..
    tenha um lindo dia.. bjs e feliz sempre

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  14. Tudo é modismo, Tais. É como dizia também meu conterrâneo, "toda humanidade é burra". Algum termpo atrás tinha o modismos dos MP4, tudo de fonezinhos nos ouvidos, nem eu que verdadeiramente adoro musica, e ouço numa altura legal, quis aderir a súbita febre. Quinze minutos de viagem... fones de ouvidos, velhos, crianças, menos eu, o metido, rs... Agora essa febre de smartphones, selfies e coisas do gênero. Tou bem até aqui sobrevivendo sem smartphones. Beijos!

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  15. Olá minha amiga Tais texto muito forte, e as imagens sempre impressionam. Passei 26 meses em África mais precisamente Angola. Vi a riqueza daquela terra e o que poderia ser feito afim de aquele povo ter de comer,mas infelizmente a ganância é desmedida, os interesses são para além do povo.Não sou muito amante de tirar fotos ainda que no meu tempo de juventude fui fotógrafo, era tudo manual , diferente.
    Bjinho.
    António.

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  16. Olá querida, Tais, sua postagem nos revela algo bom que já está com o pezinho no passado.
    Eu ainda tenho meus álbuns de fotos e que me passam muita emoção quando os folheio.Hoje, com toda a tecnologia muito se perde do manuseio das fotos. Sua postagem está muito rica, as fotos impactantes, mas é o que temos ao nosso redor. E dói em nós também. A última foto da menina e o abutre sempre me causaram muita pena, dó, enfim todos os sentimentos que alguém pode estar vendo algo assim e que é real, não sabia do fim trágico do fotógrafo, porém eu também julgo, e não deveria, sempre que vejo algo assim, me pergunto : por que não ajudou em vez de fotografar, mas quem somos nós para julgar, eu faço um trabalho , mas é tão pequeno em razão de tanta coisa ruim que existe pelo mundo.Tais, parabéns! Grande abraço!

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  17. Oi Taís!
    Conhecia a história da última foto, sempre achei impressionante como o sentimento de culpa (que geralmente nos é lançado) tem poder.
    Não entendo muito de fotografia e não gosto de fotografar, sou dessas que tira mil selfies para escolher uma. Fazer o quê? Se quero ser autora não tem como ficar "me escondendo". Acho que já te disse uma vez que houve uma época que não me aceitava e jamais postava selfies. Hoje me sinto bem à vontade com isso, porém, detesto selfies idiotas e priorizo as "selfies sérias" que virou até post no Rivotril.
    Quanto ao pau de selfie, já vi coisa pior, hahahahaha! Existe um agora com uma mão que tu finge estar segurando para fingir estar acompanhada, o problema que a mão parece a mão de um zumbi! huahuahauahau! Gente... eu me pergunto quem se presta a esse mico!
    Não sei se as fotos serão de todas excluídas, talvez apenas as pessoais, porque no meio jornalístico, na moda, elas ainda são bem fortes. Não vejo o fim da revista Vogue em seu modo físico, por exemplo. Mas é bem possível que aconteça.
    Beijos amiga, adorei o novo visual do blog! :))))

    Rivotril com Coca-Cola

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    1. Oi, MI!! , apareceu, que booom! Saudades suas!
      Mi, mesmo que desse certo, eu colocaria defeitos nas 1000 selfies que eu viesse a tirar. Sou exigente demais com fotos minhas; tenho de sentir meu espírito no momento. Gosto de tirar fotos que relatam fatos, mas sorrir em selfie é estranho, mesmo. São as caras, bocas e bicos que falo. Mas quando você está em férias ou numa festa uma foto séria também é estranho. Tudo depende da ocasião. Há uns tempos andei postando umas diferentes, mas prefiro que o texto apareça, não eu. Mas isso não quer dizer que de vez em quando não poste uma (mas não selfie). Não entendi sobre a tal mão de zumbi, nunca vi! Que loucura...
      Beijo grande, amiga, gostei de você por aqui!

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  18. Oi de novo Taís!
    Ah sim, com certeza, só me referi às selfies mesmo e aconteceu uma coisa irônica quase na mesma semana que fiz o post. Uma amiga do cursinho resolveu zuar tirando selfies junto comigo e acabei saindo super sorridente. Mas o legal que ficou bem espontâneo.
    Sobre o pau de selfie da mão de zumbi, olha isso, hahahahaha!

    http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/04/braco-de-selfie-promete-acabar-com-solidao-em-fotos-sem-companhia.html

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    1. rssssssss, mas que coisa mais estapafúrdia essa mão, esse braço do link! Mi, posso dizer o que penso dessa gente, desses inventores? Deixa pra lá...rss Vou morrer e não verei tudo.
      Mas posta lá você sorrindo, se ficou bom e natural foi um tiro no pé...rss

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  19. Taís, adoro seu jeito, sua segurança e sua coragem.
    Parabéns, amiga!
    Beijos!.

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  20. Olá, Tais, desejos de um bom tudo.

    E vai-se cumprindo a lei do fim. Principio, meio e fim. estou no alpendre dos saudosistas. Adoro fotografias. - Retratos - assim, a gente chama na minha região.
    Um abraço.

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  21. "Uma Imagem vale por mil palavras", diz o Povo. Eu concordo plenamente. Mas o que interessa dizer é da sensibilidade (ou falta dela) de quem "lê" as imagens.
    Cada Ser dá a sua interpretação ao que vê.
    Parabéns, Tais.




    Beijos



    SOL

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  22. Olá, Tais.
    Digo-lhe que estou felicíssima de saber que, afinal, não pertencemos ao período paleolítico - já vou dormir um pouco melhor =)
    Muito boa crónica sobre a fotografia e as selfies que seriam, lá noutros tempos, simplesmente chamadas de auto-retratos. Modernices que, em certas ocasiões, e de forma pontual, até reconheço-lhes piada,mas, da maneira como assistimos jovens e não só, a fazerem figurinhas que não me parecem muito felizes, a ensaiar uma alegria para a "foto", já passa do limite do razoável, mas... há problemas maiores.
    Lembro-me perfeitamente das fotos e das histórias delas, escusado era ter lá colocado a data das mesmas: afinal já faz taaaanto tempo! Não sei se gostei...


    bj amg

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  23. Oi Tais. Passando para continuar lendo os seus belos textos e dei de cara com estas emocionantes fotografias. Infelizmente tudo termina ficando banal, forçado. São as famosas "duck face" ou (cara de pato) ou porque alguma coisa estranha ou hilaria aparece em segundo plano..Modismo nas redes sociais, que terminou sobrando para o coitado do pato. Beijo amiga! Ótima semana..

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  24. Olha, amiga, tocar e rever um velho álbum de fotografias é um dos poucos prazeres que ainda tenho na vida. E mais, ainda me dou ao deleite de reconstituir fotos antigas no paint e no photo philtre, coisa que me dá um trabalho danado, mas sinto-me muito gratificada quando aquela perninha do meu coleguinha de infância vai surgindo até que ele deixe de ser um deficiente físico por conta da ação do tempo que não perdoa. Mas acredito que após essa "loucura" das novidades digitais, tudo vai se acomodar e vai haver uma interação legal entre passado e presente. Sou uma pessoa da "era do rádio" (rsrs) e quando a televisão surgiu pelo esforço e genialidade de Assis Chateubriand, o Chatô, os mais pessimistas decretaram a morte do rádio, o que, felizmente, não aconteceu.
    Enfim, vamos aguardar a poeira baixar...
    Aquela foto do abutre à espera da morte da criancinha - o que certamente ocorreu por excesso de "profissionalismo" do fotógrafo - faz-me lembrar um filme com Philippe Noiret na África, onde é prática comum das famílias miseráveis entregarem crianças que não podem sustentar à morte, pura e simplesmente. Só que o personagem de Philippe ficava por ali espantando os bichos, embora também não resolvesse o terrível problema, problema esse que remonta a questões sócio-políticas das grandes potências que aniquilaram com um continente tão extraordinário como a África.
    Meu pai, meio chegado a ser um fotógrafo amador, nos legou dois àlbuns recheados das famosas preto e branco que também tento colorizar, hahaha. Eu sou maluca mesmo! Qualquer dia, trago o resultado das minhas experiências à blogosfera. Não fica perfeito o trabalho, mas nos descortina um bom tempo que não podemos deixar passar.
    Magnífico tema, amiga! Adorei!Uma ótima semana aí no sul - aqui tá fazendo um friozinho bem chatinho e que me deixou gripada! Beijinhos!!!

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís