30 de abril de 2012

OS FILHOS DE NINGUÉM




- Tais Luso de Carvalho

Estava com uma amiga numa cafeteria - na parte externa -, quando se aproximou um mendigo pedindo vinte reais. Estranhamos o negócio, pois mendigo pede é troquinho, não estipula valor. Pensamos logo que usaria o dinheiro para comprar bebida. Pensando assim, chamamos o garçom e pedimos para alcançar um sanduíche e refrigerante para o mendigo. Ao perceber tal atitude, o homem ficou indignado: eu não pedi comida, pedi dinheiro!. E gritando.

Ué!! Que mal fizemos? Ficamos meio bobas, não esperávamos aquela atitude. Aliás, não esperávamos atitude nenhuma. Apenas pretendíamos dar de comer a alguém que parecia estar com fome. Mesmo assim, pegou o sanduíche e se afastou  reclamando. Não foi Bobo.

Não demorou para que outro mendigo se aproximasse e também pedisse dinheiro. Resolvemos, então, dar uns trocados e nos dirigimos para dentro da cafeteria. Mas naquele momento ficamos estarrecidas: um pouco afastados, os dois mendigos se agrediram a socos. Uma viatura da Brigada - que passava - parou e acabou com a conversa.

Então ficamos pensando: se tivéssemos dado dinheiro ao primeiro, talvez aquilo não tivesse ocorrido; e se tivéssemos dado de comer ao segundo, não teria sido melhor? Poxa, que confusão arrumamos...

Mas, aquele ato não foi coisa de bandido ou delinquente; foi desespero e revolta de pessoas miseráveis e esquecidas. Não está difícil de perceber que essa gente está totalmente desamparada e cada vez mais revoltada com sua situação. E nós, por outro lado, mais assustados do que nunca.

Lembro do dia em que ofereci algumas roupas a uma moradora de rua. Ela não fez questão, tinha muita roupa, pediu dinheiro!
- Ops!! Você não quer roupa para seus filhos??
Fiquei desconcertada, nunca tinha visto aquilo. Não sei mais o que pensar e o que fazer: ajudo ou não ajudo? Se ajudo posso ser agredida; se não ajudo sou omissa e desumana. Realmente a coisa tá difícil.

Apesar do Brasil aparecer - no conceito do PIB – como a 6ª economia do mundo, e segundo o FMI deverá ultrapassar a França até 2015, nada modifica quando falamos das desigualdades sociais. Estas, estão marcando território na base do desespero nas maiores cidades do país, onde são vendidos milhões de carros, de laptops, iPhone, iPod, tablets e televisões de última geração. O povo está consumindo mais, mas conseguindo menos benefícios sociais. Não entendo.

Com todos esses avanços ainda não arrebatamos o título de nação desenvolvida, ainda somos emergentes apesar de estarmos aparecendo bastante no cenário mundial com bom crescimento. Mas faz uma eternidade que nossos problemas sociais estão se avolumando. Ou estou enganada?

Bem, mas enquanto isso, um monte de Aves raras - que são eleitos por nós - preocupam-se com coisas particulares, que nada acrescentam à Nação, usando dinheiro público que poderia ser investido para aliviar a vida desses miseráveis. E dar um pouquinho mais de segurança para nós.

Entra ministro, cai ministro; mais as temporadas de secas, enchentes, bueiros entupidos, morros desmoronando, edifícios desabando, caixas de Bancos explodindo, hospitais superlotados, a polícia mal remunerada, professores insatisfeitos e agredidos e o SUS com seus infindáveis problemas... Está difícil o nosso verde e amarelo...

Mas creio que está tudo lindo nesse país alegre e tropical, com um rico futebol e um luxuoso carnaval para alegrar o povo. Aliás, alegrar o pais mais feliz do mundo - segunda estatística da Fundação Getúlio Vargas. Confesso que perdi o significado de felicidade.

Mas, enquanto alguns se apropriam das coisas alheias, outros se esbofeteiam em lugares públicos , insatisfeitos, famintos e infelizes. Caramba: não quero ser ferina nem irônica... mas que mais eu poderei fazer se delego meu voto e quase nada do que se espera acontece? A paciência tá em extinção.

Amo meu país, mas é bom lembrar que milhares de brasileiros estão esquecidos, dormindo ao relento nos dias de chuva e frio. E governos indiferentes, gastando bilhões em coisas que nem quero falar, que não são nossa prioridade.

Mas chegará um dia que estes pobres  morrerão desamparados; poucas são as probabilidades de serem socorridos a tempo. São os filhos de ninguém.

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28 comentários:

  1. Olá, boa noite ...Concordo, não somos uma Nação desenvolvida. Quem vive no Rio de Janeiro, sofre violência todos os dias, só temos que rezar para chegarmos vivos em casa, é um horror; os problemas sociais estão se avolumando, sim.
    Nos enganam com "promessas e dão aos miseráveis uma 'bolsa que mal dá pra comprar o feijão com arroz e os malandros que recebem a tal bolsa, a maioria, gasta em drogas e cachaça, vai ver, quem mora onde eu moro sabe disso. É um acinte o modo como os parlamentares gastam milhões em farras em viagens e tanta miséria que les dizem está acabando, muito cinismo, o que você contou se passa todos os dias nas ruas, e mais assaltam e agridem ...aqui no Rio de Janeiro, estou indignada c o Governo. Desculpe o desabafo. Beijinhos, e tenha um bom feriado. Mery*

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  2. Uma crise inaceitável de valores. Triste. Amo meu país e sofro com o descaso tanto de governantes dissimulados quanto de governados que insistem que não há nada a ser feito.
    Um grande bj

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  3. Sabe, Tais, creio que o Governo criou um mecanismo que deveria ter sido só temporário, mas alimentou um estilo de vida dependente.

    Aqui, na cidadezinha em que moro, muitas pessoas não trabalham, porque, se o fizerem, perderão os benefícios sociais. O problema é que elas, os maridos e filhos ficam no ócio e com dineiro na mão: um prato cheio para as drogas, violência e prostituição.

    Por outro lado, Tais, creio sinceramente que as Igrejas cristãs se acomodaram e passaram a se procupar só com o aqui e agora e com elas mesmas. Se as igrejas, os cristãos adotassem os filhos de ninguém oferecendo oportunidades de profissionalização, estudos, emprego, acompanhamento psicológico, etc, tenho certeza que essas pessoas dependeriam muito menos da máquina estatal que os vicia. Há no nosso país algumas iniciativas privadas de resgate social, mas ainda são muito poucos, precisamos e podemos fazer muito mais.

    Tenho pensado e escrito sobre isso: http://casal20ribas.blogspot.com.br/2012/03/missao-de-adotar-um-desafio-aos.html

    Abraços sempre afetuosos.

    Fábio.

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  4. Crônica linda!! Tudo tem os dois lados.

    O Brasil é um capítulo à parte, incrível o descaso com o povo, saúde, educação e tantas coisas mais. Dá gana de pensar.

    Porém, me dá gana de pegar p pescoço desses miseráveis que brigam nas esquinas por grana, não querendo roupas ou que comer. Isso me irrita. Por isso NÂO dou à pedintes até mesmo, porque não sei se enquanto abro a bolsa, não me assaltam.

    Já assisti coisas horrorosas aqui"

    Sabem ,moro, como tu, em Poa e aqui a coisa tá danada. Quem menos nada, voooooooa!

    Ajudo muito, ajudo bem direcionado, em instituições ou diretamente às famílias necessitadas., onde sei que existem crianças sem roupa, sem comida. Os da rua, não posso mais om eles. A maioria usa p que ganha, seja roupa ou dinheiro para trocas por crack, drogas, cachaças!!! pena estar assim desiludida com essa cidade e com esse país! beijos,chica

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  5. Voltei: enquanto tudo isso acontece, li ontem que Demóstenes, mandava vir vinhos de Las Vegas ,por conta do Cachoeira, que custaram quase 3 mil dólares cada... Desigualdades,não? beijos,chica

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  6. É um assunto muito difícil este. Não temos culpa destas pessoas estarem naquela situação, mas a culpa aparece quando não fazemos nada a respeito quando nos deparamos com o problemas. O que me vem sempre a cabeça- além dos governos não ajudarem efetivamente estes casos, já que pagamos impostos suficientes para isto- é o que fez aquela pessoa chegar àquela situação. Será que a raiz de tudo isto foi na infância? Ou más decisões da vida adulta? Complicado.

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  7. Tais, este texto merece ser publicado em algum jornal de grande circulação, para que muitos o leiam e despertem, talvez, a consciência que você adquiriu e que perfeitamente compartilhou acerca dos "filhos de ninguém". Quem dera esse texto maravilhoso fosse lido pelos governantes deste país, nossos ilustres representantes! Mas duvido que tenham tempo para ler a opinião do povo que vive e que sofre todos dias: ou com a fome e a miséria, ou com a violência gerada pela sua situação miserável de todos os dias.

    Como podemos cobrar valores dessa gente pobre de alimentos, de vestimentas, de cultura, de educação e de dignidade?! Assaltar, matar e roubar para eles é como o ensinamento que recebemos no berço de dizer "por favor" e "obrigada". Ou seja, crescem com essa concepção errônea. Aprendem - e ensinam seus filhos - desde cedo a se drogar para não sentir o frio. Se sua vida não tem valor, por que a vida do outro teria?

    Amiga, me estendi aqui porque esse é um assunto que me corrói a alma. Ficamos sem ação, enquanto população de bem: ajudamos (e somos ofendidos) ou não ajudamos (e somos taxados de insensíveis)? Daremos dinheiro pra ver sendo usado com os piores fins? Enquanto quem pode de fato ajudar tem outras prioridades, outros assuntos para resolver... e ficamos nós com o 'problema social', como equilibristas numa corda bamba todos os dias, tentando chegar sãos e salvos ao fim da linha.

    Maravilhosa crônica, perfeita em minha opinião!

    Beijos pra você.

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  8. Taís,
    Como você bem lembrou este é o país do carnaval e do futebol. Agora nossos dirigentes estão empenhados em gastar bilhões na construção de estádios de futebol, porque precisam manter a ilusão de "panem et circenses" para que, iludido, o povo não enxergue as mazelas que o cercam e não se revolte. Devo lembrar que a revolução francesa se deu num clima parecido e mudou o mundo. Esperemos que um dia o povão acorde e dê o troco para esse estado de coisas. Abraços e bom feriado, JAIR.

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  9. Bom dia, querida amiga Tais.

    Estranhamente pelos lados de cá, também estão pedindo valores definidos.

    Eu normalmente dou dinheiro, porque imagino que ele possa já ter comigo alguma coisa de sal, e esteja sedento por algo doce. Ou vice versa!

    No nosso país há tanta política social, que não dá para entender mesmo!

    Acho que muitos dos beneficiados, são pequenos corruptos.

    JUSTIÇA!!!

    Que seu feriado seja de paz e saúde.

    Beijos.

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  10. Taís, entre outras coisas, você abordou um ponto que costumo me questionar e transparecer em alguns textos - quais as ferramentas que o cidadão comum possui para "combater" a desigualdade?

    Muitos vão responder "voto", mas acho que isso é mera ilusão.

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  11. Nem digo nada...Parece que acabei de ler
    uma crónica do meu país....Não há volta
    a dar...é igual em todo o mundo.
    Chega para todos, mas ninguém quer repartir....
    Beijo

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  12. EU CONHEÇO GENTE QUE TEM TODO CONFORTO EM CASA, MAS ENTROU NO PROGRAMA SOCIAL E RECEBE "BOLSA FAMÍLIA", ENQUANTO OUTROS CONTINUAM PASSANDO FOME.

    BEIJOS.

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  13. Olá amiga, que crônica "incomodativa".

    Incomodativa porque nós que convivemos e percebemos as pessoas a margem da sociedade diariamente não sabemos realmente o que fazer? como fazer?

    A única coisa que sei de concreto amiga é que a raiz hoje destas coisas reside na educação; educação é a base. Mas como ter educação se não valorizam os professores? Como ter educação se os líderes criam leis que propiciam a criação de personalidades complicadas dentro da escola? Como ??? O que fazer???

    Sinceramente muitas vezes também não sei o que fazer é uma agressão a nós também porque sofremos com isso , nos sentimos impotentes.
    Penso que estamos numa sociedade que vive doente e nós aos poucos estamos adoecendo também.

    Bjs e boa semana.

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  14. Anônimo19:31

    Tais,
    Uma crônica totalmente pertinente na atual conjuntura.
    Rios de dinheiro para sediar o futebol e dizem que vai ser um grande investimento, pois o Brasil vai "bombar na grana". Só sei que depois de tudo isso, nossos salários vão ser mais achatados, mais gente desempregada e mais indiferença, pois o Brasil nesse momento gasta o que não tem e como sempre acontece, o dinheiro arrecardado vai pro brejo...
    Quanto a ajudar os necessitados, eu acho válido, mas geralmente não dou dinheiro em semáforos pois acho uma contravenção. E tenho medo de dar moeda, já que tem uns que te chamam de fominha, miserável se não tem uma quantidade maior de trocados para dar.
    Beijokas doces

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  15. Taís, viver no Brasil é mesmo complicado, até mesmo aqueles que têm os seus bens conseguidos com muito trabalho não se sentem à vontade para usufruir de algum conforto. A miséria, muitas vezes, mora ao lado e chega a ser constrangedor ter comida à mesa todos os dias, enquanto os vizinhos passam fome. É revoltante saber que a desigualdade poderia ser excluída ou, ao menos, diminuída caso houvesse mais honestidade na política desse país. Confesso que não vejo a menor luz no fundo desse túnel, infelizmente!
    Parabéns pela crônica, você foi a nossa porta voz!

    Beijos

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  16. A situação é complicada mesmo.Aconteceu uma vez de dar alguns calçados em perfeito estado de uso, e um tempo depois encontrei-os jogados na rua. E creia, as crianças estavam com os pés descalços. Não costumo dar dinheiro,pois sei que em muitos casos não farão bom uso dele- Quanto ao nosso País, me cansei de esperar por aqueles que o representam. Procuro fazer a minha parte de acordo com a minha consciência. Já, você Tais, nos representou muito bem em sua crônica. Nossa porta voz! como bem o disse a Néia Lambert. Parabéns.

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  17. Oi Taís!
    Excelente crônica e infelizmente sempre uma temática sempre pertinente. Aqui em Natal também não é diferente, os pedintes aumentam em quantidade e em ousadia, estão cada vez mais agressivos, dá medo parar para abrir a bolsa e dar um trocado. Se damos pouco reclamam, dependendo da comida não querem. Um dia dei uma caixa de sorvete vazia com o que havia sobrado do almoço e simplesmente a mulher que recebeu, derramou no pé do poste que ficava um pouco perto de minha casa. Fiquei irada! Quase nunca dou esmolas, as vezes dou comida, roupa. Os números mudam, são mais otimistas, mas a realidade é gritante.
    beijinhos!

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  18. É amiga...infelizmente você tem razão. Mas não podemos ignorar que as pessoas mais carentes são as que mais votam nesses corruptos a troco de qualquer esmola!!!
    Triste isto!

    Beijão

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  19. Anônimo08:41

    lindo ttexto tais.... filhos de ninguém, é por ai. essa consciência crítica, precisamos ir semeando assim, através de textos, de fala, de ações. é lento, mas vamos indo tche.. abraços lamarque

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  20. OI TAIS!
    PRIMOROSA TUA CRÔNICA.
    AS INDAGAÇÕES COLOCADAS SÃO AS DE TODOS NÓS.
    QUANTO A COMO NOS COMPORTARMOS, É DE CADA UM, MAS EU ACHO QUE DEVEMOS TER CONSCIÊNCIA DESTE DESLEIXO COM OS MENOS FAVORECIDOS E SEMPRE QUE POSSÍVEL, AJUDÁ-LOS, ESTAREMOS FAZENDO UM POUQUINHO DO QUE DEVERIA SER FEITO POR QUEM DE OBRIGAÇÃO.
    LEGAL TEU TEXTO, NOS INDUZINDO A REFLEXÃO.
    ABRÇS

    zilanicelia.blogspot.com.br/
    Click AQUI

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  21. Oi, Tais. Parabéns pela veia crítica e social. Vivemos em uma época onde se oferece ao pobre "pão e circo". Os governantes disfarçam muito bem. Ser 6 na economia mundial parece uma falácia. Se fôssemos, pelo menos, o 6 na educação estaríamos, sim, no lucro. Um abraço, Tais.

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  22. Olá,Taís!!

    Realmente não está fácil saber que posição tomar, se devemos ou não ajudar...tento contar com a intuição(sei que não é muito lógico, nem garantido...mas...).
    É triste, ver tantas pessoas esquecidas, famintas, relegadas a uma semi existência! Mas enquanto a maioria der seu voto para aquele que der um churrasco, ou prometer asfaltar a rua, ou sei lá mais o que, continuaremos tendo este cenário vergonhoso.Enquanto uns nada tem outros esbanjam com supérfluos!
    Beijos pra ti!!Uma ótima crônica!!!
    Bom final de semana!!

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  23. Estava, de certa forma, refletindo sobre as questões sociais e a falta de afeto reinante, ao escrever o poema que publiquei no meu outro blog. Não sabemos como nos comportar. Somos tomados pelo medo ao encontrar os "necessitados". E também nos colocamos entre eles, em outros aspectos. Infelizmente, os candidatos não mudam, o que faz com que, por ocasião de eleições, fiquemos a escolher os menos ruins.
    Excelente sua postagem.
    Bjs.

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  24. Olá Thais, lendo tua crônica lembrei de um fato que me deixou indignada.. Eu arrecado há anos, roupas e outras coisas com meus colegas de trabalho para ajudar uma pequena comunidade que vive no meio do mato e com difícil acesso a cidade.. Outro dia fiquei sabendo que tem mãe de família (6 filhos) que usa a roupa doada e depois joga fora com preguiça de lavar...Então, muitas vezes os filhos de ninguém também não fazem esforço para mudar a situação... Preferem receber esmolas do que tentar, pelo menos, melhorar a forma com que vivem. Eu continuo arrecadando e enviando para aqueles que as recebem com gratidão.. É complicado lidar com pessoas... Espero que um dia apareça um SER ESPECIAL que consiga melhorar a desigualdade social. Só assim seremos um povo feliz!

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  25. Fiquei muito feliz por recebê-la no outro canto. Obrigada!!!!

    Bjs.

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  26. Olá Tais,há tantas coisas e situações que nos fogem das mãos.Sabe,sua crônica me fez lembrar que sempre deixo água,no criado mudo,para tomar à noite,quando vou dormir...Será que já tomei alguns bichinhos ?rsssssss
    beijos!

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  27. Adorei a sua crônica. Retrata fielmente o país em que vivemos. Somos um povo esquecido pelos governantes que estão preocupados em suas contas bancarias nos exterior. Onde nada se faz pela maioria que mal garante o pão de cada dia. Apresentam planos e projetos que só insultam a nossa inteligência. Infelizmente vivemos num país que se preocupa com seu futebol milionário e esquece dos serviços sociais, saúde, educação, segurança. Será que teremos que sacudir a massa para acordar o Brasil? Será que futuramente teremos um cartão único para marcar se ainda somos cidadãos? Admirável Brasil Carinhoso(...)!

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  28. MISÉRIA

    Sobre um manto de papelão
    Cai a chuva incessante.
    Terra molhada, fome insaciada;
    Garganta seca, barriga vazia;
    Esperança trancafiada a espera de libertação...
    Sob um manto de papelão
    Olhos inocentes lacrimenjam-se
    Com as gotas de chuva que caem no chão.

    (Agamenon Troyan)

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Muito obrigada pelo seu comentário
Abraços a todos
Taís